A Clinica Orthopectus desenvolveu o Colete Inclinado de Brasília para o tratamento da escoliose severa. Esse colete tem a vantagem em relação a outros coletes de quase não aparecer debaixo de uma camisa comum, o que facilita muito a aderência dos pacientes adolescentes.

O que pode ser feito se o paciente tem também uma ESCOLIOSE (curvatura lateral da coluna)?

1) Quando a escoliose é discreta e sem componente de rotação vertebral significativo, por vezes apenas o método de Remodelação Dinâmica (DR) [uso de órtese(s) Compressor Dinâmico de Tórax (CDT) + exercícios] ajuda. Uma melhora de ambas as condições geralmente acontece em pacientes colaboradores, que executam com determinação as instruções médicas, como no exemplo abaixo.

2) Quando a escoliose é moderada, com uma curva acima de 20º e/ou com componente rotacional, nós realizamos um tratamento CONCOMITANTE, associando um colete para escoliose apropriado para o caso. Normalmente, nestes casos, recomendamos uso da(s) órtese(s) CDT de 2 a 6 horas (média de 4 horas) por dia com execução de exercícios prescritos sem retirada da(s) órtese(s) torácica(s) por cerca de uma hora neste período do dia; o uso do colete para coluna deve ser feito no restante das 24 horas do dia. O colete para escoliose que utilizamos é o Colete Inclinado de Brasília ou CIB, feito após molde gessado (ver exemplos abaixo e artigo publicado sobre o tratamento de escolioses pelo principio da inclinação – ver artigo. Nosso método para tratar as escolioses também é DINÂMICO, envolvendo prática regular de um programa de exercícios que inclui inclinações laterais da coluna em maior número de vezes para o lado da convexidade da curva principal, além de progressão da inclinação dos CIB, feitos por moldes gessados que objetivam correção progressiva, com trocas pelo menos uma vez ao ano (veja exemplos abaixo). A inclinação da coluna durante o molde para o CIB deve ser feita pelo médico com base em radiografias prévias. As diferenças entre o Colete Inclinado de Brasília, uma órtese de uso diurno e noturno, e o Colete Inclinado de Charleston ou Night Bending Brace, uma órtese de uso exclusivamente noturno.

Colete para escoliose

3) A execução rotineira/diária dos exercícios, e consequente ganho da flexibilidade da coluna, podem possibilitar a troca do CIB por outro com maior inclinação lateral, visando ganho progressivo na correção medida radiograficamente pelo angulo de Cobb. Clinicamente a correção é melhor detectada na observação dos flancos (laterais) do tronco do(a) paciente. A diferença no nível dos ombros quando o paciente está com o CIB não é importante. Ela melhora quando o paciente está sem o colete para escoliose. A análise das radiografias comprova a melhora clínica.

4) Veja abaixo caso publicado no artigo Haje SA, Haje DP (2009) Abordagem ortopédica das deformidades pectus: 32 anos de estudos (Orthopaedic approach to pectus deformities: 32 years of studies). Revista Brasileira de Ortopedia; Vol 44/3: 193-200. Clique aqui e confira online.

A partir de então, 40 meses, a paciente foi liberada do uso das órteses CDT e iniciado o desmame do CIB. Sua posterior evolução com 5 anos de tratamento foi mostrada no artigo Haje SA, Haje DP, Martins GEV, Ferrer MG. The spine lateral bending and the dynamic chest compression principles for concomitant orthotic treatment of scoliosis and pectus deformities. Coluna/Columna 2011; Vol10(4):293-9. Clique aqui e confira online.

5) O CIB, que é feito a partir de molde gessado com inclinação corretiva do tronco do paciente (veja na segunda figura desta secção), traz mais conforto para o paciente quando comparado a outros coletes feitos a partir de moldes sob tração longitudinal. O CIB segue princípios biomecânicos (veja artigos acima mencionados). Uma das explicações de como os(as) pacientes conseguem colaborar levando o tratamento adiante por períodos prolongados, seria a boa adaptação do CIB ao corpo do(a) paciente e o fato do mesmo ficar imperceptível por baixo de suas roupas.

6)Outro fator positivo para a colaboração é a melhora progressiva que o(a) paciente vê nas fotos clínicas, comparando o antes com o durante a realização de seu esforço em prol do correto tratamento para escoliose. A melhora clínica decorre não só da diminuição do valor angular da escoliose, mas também da melhora do componente rotacional das vértebras, um princípio biomecânico decorrente da inclinação lateral do segmento afetado da coluna. A flexibilidade da coluna é mais importante que a maturidade esquelética (Risser) no tratamento das escolioses por este método. Tais conceitos e o protocolo de tratamento acham-se descritos nos artigos acima citados.

7) Não sabemos qual o grau máximo de escoliose que nosso método pode tratar. A radiografia com inclinações laterais é útil para o prognóstico e curvas simples toracolombares apresentam melhor resposta ao método. O caso abaixo, por exemplo, teve uma melhora superior a 50% à inclinação lateral para o lado da convexidade (lado direito) na avaliação radiográfica pré-tratamento, o que nos motivou a tratá-lo. Em apenas três meses de dedicação ao método a radiografia sem colete mostrou uma melhora de 73º para 57º, e alguma melhora clínica já se fazia notar (ver flancos). Se por ventura o paciente desistir de seguir adiante com a tentativa conservadora, o tratamento cirúrgico deve ser indicado. Neste caso, acreditamos que a melhora na flexibilidade da coluna obtida com o método Haje prévio poderá contribuir para a aplicação da técnica cirúrgica e para o melhor resultado possível.

8) O paciente acima mostrou-se bastante motivado a prosseguir com este tratamento conservador que inclui exercícios diários com inclinações laterais seletivas. Em junho de 2012, antes de retornar para o seu país de origem, a Ucrânia, recebeu novo Colete Inclinado de Brasília (CIB), feito por molde gessado visando progresso na inclinação lateral corretiva.

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